Resumo dos dados necessários para um estudo das interferências CA


Veja a seguir, assim como nos Apêndices E, F, G e H, mais informações sobre os dados necessários para um estudo típico de análise de interferências. O Apêndice I também fornece mais detalhes sobre esse assunto. Veja um breve resumo das tarefas de análise necessárias.



Interferência CA em dutos

Dados que você vai precisar: veja os apêndices EF

Condições de carga

  • Interferências por acoplamento indutivo
  • Interferências por acoplamento capacitivo

Condições de falta

  • Interferências por acoplamento indutivo
  • Interferências por acoplamento condutivo
  • Interferências por acoplamento capacitivo

Resultados a serem explorados:

  • Potenciais transferidos
  • Tensões de estresse do revestimento
  • Segurança para acessórios expostos: tensões de toque e de passo
  • Classificação de cabos e desacopladores CC
  • Densidade da corrente de fuga

Critérios de mitigação:

  • Condições de carga:
    • Tensões de toque em acessórios de dutos expostos: < 15 V
    • Tensões de toque em acessórios de dutos não expostos: < 50V
    • Potenciais transferidos para fora do corredor compartilhado
    • Densidade da corrente de fuga (corrosão induzida por CA)
  • Condições de falta:
    • Tensões de toque e de passo em acessórios de dutos expostos: critérios de segurança da IEEE
    • Tensão de estresse do revestimento: 2 kV a 5 kV


Interferência CA em linhas férreas

Dados que você vai precisar: veja os apêndices EG

Condições de carga

  • Interferência indutiva
  • Interferência condutiva

Condições de falta

  • Interferência indutiva
  • Interferência condutiva
  • Interferências por acoplamento capacitivo

Resultados a serem explorados:

  • Potenciais transferidos: elevação de potencial no solo sob os trilhos, tensões de toque e de passo (para a segurança do pessoal, capacidade do para-raios sob condições de falta)
  • Tensão trilho-trilho (para susceptibilidade do equipamento)
  • Tensões através das juntas isoladas (para segurança do pessoal)
  • Fluxos de corrente longitudinal nos trilhos

Critérios de mitigação:

  • Condições de carga:
    • Elevação de potencial no solo sob os trilhos ao longo da linha férrea: < 25 V
    • Tensões de toque nos trilhos:
    • Tensão trilho-trilho nos equipamentos: < susceptibilidade do equipamento
    • Tensão através da junta isolante: < 50 V
  • Condições de falta:
    • Tensões de toque e de passo nos trilhos: critérios de segurança da IEEE
    • Corrente longitudinal nos trilhos: capacidade dos desacopladores CC e dos para-raios



Interferência CA em cabos de telecomunicações

Dados que você vai precisar: veja os apêndices EH

Condições de carga

  • Interferência indutiva
  • Interferências por acoplamento capacitivo

Condições de falta

  • Interferência indutiva
  • Interferência condutiva
  • Interferências por acoplamento capacitivo

Resultados a serem explorados:

  • Potenciais transferidos: elevação de potencial na cobertura (tensões de modo comum), tensões de toque e de passo (para a segurança do pessoal, capacidade do para-raios sob condições de falta)
  • Tensões de crosstalk ou transversais (para a susceptiblidade do equipamento)
  • Tensões através dos cabos e das coberturas (para a segurança do pessoal)
  • Fluxos de corrente longitudinal nas coberturas

Critérios de mitigação:

  • Condições de carga:
    • Elevação de potencial no solo da cobertura
    • Tensões de toque:
    • Tensão transversal no equipamento: < susceptibilidade do equipamento
  • Condições de falta:
    • Elevação de potencial no solo da cobertura
    • Tensão através dos pares de fios e através dos fios e da cobertura
    • Tensões de toque nas coberturas: critérios de segurança da IEEE
    • Correntes longitudinais nas coberturas


Medições de resistividade do solo e estratificação

As medições de resistividade do solo e a estratificação são tarefas-chave em qualquer estudo sério e preciso de interferências CA. Consulte o Apêndice I ou as técnicas de medição e interpretação recomendadas pela SES.

O tempo necessário para fazer as medições da resistividade do solo dos X km da linha-vítima dependerá de vários fatores, incluindo o número de horas diárias dedicadas, a facilidade de acesso ao local, as condições meteorológicas e o terreno. Já vimos uma equipe de duas pessoas completando dois locais de medição por dia, onde cada local necessitava de 15 medições, com espaçamentos de Wenner variando entre 0,5 m e 100 m (entre eletrodos adjacentes). Os lugares são escolhidos onde altos níveis de interferência são esperados, onde há acessórios expostos e onde há intervalos de 2 km ou menos entre (e dentro de) zonas de interferência, em que o espaçamento real necessário depende do grau de uniformidade da estrutura do solo ao longo da extensão da tubulação.

É preciso escolher bem o resistivímetro, o local exato das linhas de medição e fazer as medições com cuidado, para garantir resultados satisfatórios. A SES pode oferecer suporte nesse aspecto. Desde que os desenhos e dados fornecidos pelas empresas de gás e eletricidade sejam completos e precisos, nenhum outro dado de campo é necessário. Não se pode, entretanto, subestimar a coleta dos dados, uma vez que, com certa frequência, eles são incompletos ou pouco claros, necessitando de esclarecimentos ou até verificações de campo. As medições da resistividade do solo são feitas em um intervalo de profundidades considerável, já que as tensões transferidas para o local das tubulações pelas torres ou postes de transmissão em falta podem ser muito influenciadas pelas resistividades do solo mais profundo, assim como o desempenho dos longos cabos de mitigação de controle de gradiente: conforme descrito anteriormente, a estratificação do solo pode resultar em diferenças de ordem de grandeza nos níveis de interferência por acoplamento condutivo e na performance da mitigação. Ter esses dados permite uma modelagem precisa e, em última instância, um projeto de mitigação econômico.

Veja mais detalhes no Appendix I.