Sistemas de aterramento, interferências eletromagnéticas e o setor energético
A maioria dos engenheiros eletricistas precisa lidar regularmente com problemas operacionais e de projeto em que parcelas das correntes de fase percorrem caminhos indesejáveis e resultam em diversos efeitos, podendo ir de pequenos incômodos a falhas catastróficas. Uma parte significativa desses problemas está relacionada ao aterramento e à presença de interferências eletromagnéticas. Um bom conhecimento desses temas e de ferramentas adequadas de software de engenharia são cruciais para toda concessionária de energia preocupada com a segurança e a confiabilidade do seu sistema e com sua responsabilidade para com o público e seus funcionários. A discussão a seguir ressalta a importância do aterramento e do controle das interferências eletromagnéticas.
1. Idealmente, redes elétricas deveriam transportar correntes trifásicas e equilibradas. Essas correntes estariam restritas a fluir por um caminho condutor predeterminado ou pela terra. Entretanto, na prática, ocorrem desequilíbrios devido a componentes assimétricas do sistema e ao desbalanceamento de cargas. Isso resulta no fluxo de correntes por caminhos chamados "não energizados" e pela terra. As consequências disso variam de efeitos impercetíveis e pequenos incômodos até danos significativos a equipamentos e riscos à proteção de instalações e pessoas. Indo mais além desse "regime permanente" de condições desequilibradas, é preciso lidar com condições anormais que vão de faltas de origem natural (como descargas atmosféricas) até falhas e mau funcionamento de equipamentos e vandalismo.
2. A análise técnica do fluxo de energia trifásico equilibrado normal e anormal é bem compreendida e perfeitamente previsível. No entanto, a corrente que não percorre a rede trifásica, isto é, que passa pela terra, por condutores aéreos, neutros, coberturas e outras estruturas metálicas, é extremamente difícil de ser estimada usando a teoria de circuitos convencional ou métodos aproximados, principalmente porque, em tais condições, as correntes de neutro não estão mais restritas a fluir pelos caminhos elétricos dedicados (como condutores aéreos), mas podem fluir livremente pelo solo, através de caminhos tridimensionais complicados.
3. Os efeitos desses tipos de fluxo de corrente são diversos e englobam muitas especialidades em sistemas elétricos de potência, como:
- Aterramento e suas vertentes:
- Problemas de interferência eletromagnética:
- Campos magnéticos e elétricos e questões públicas relacionadas, que envolvem:
4. O cálculo exato de tais efeitos era virtualmente impossível (exceto em casos genéricos muito simples) antes do advento dos computadores e dos softwares. Hoje, programas especializados impulsionados plataformas computacionais poderosas permitem predizer esses efeitos com precisão. A complexidade desses fenômenos, entretanto, requer não só especialização em engenharia e comprometimento absoluto, mas também atenção genuína e apoio gerencial para que os benefícios desses novos conhecimentos adquiridos se convertam em retorno significativo sobre o investimento. Já os benefícios diretos e indiretos podem ser fenomenais: de 10 a 100 vezes o investido dentro de cinco anos e mais de 1.000 vezes entre 10 e 20 anos. Esses benefícios estão resumidos no tópico a seguir.
5. Os benefícios que resultam do investimento em soluções de análise de engenharia precisas e de última geração para problemas de aterramento e interferências eletromagnéticas podem ser categorizados da seguinte forma:
- Benefícios para a concessionária do sistema de energia:
- Benefícios ao público em geral:
- Benefícios para o engenheiro da concessionária, que: